Nesta quarta-feira (27), a Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial realiza a primeira audiência do ano na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a partir das 10h, no auditório Teotônio Vilela. Desta vez o tema medicinal dá lugar a uma nova abordagem: “O potencial econômico e sustentável do Cânhamo no Brasil”. As discussões giram em torno de uma subespécie da Cannabis, com concentração quase zero de THC (tetrahidrocanabidiol, substância derivada da planta) e, portanto, sem efeito psicoativo. Batizada de cânhamo industrial, é usada como elemento base para diversas fabricações, como a produção de tijolos, roupas, plásticos, cosméticos, entre outros produtos. Também se destaca por ser excelente sequestrador de carbono da atmosfera e ter capacidade de regenerar solos degradados, retirando por exemplo elementos tóxicos do solo.
Os convidados da audiência são Ubiracir Fernandes, químico e pesquisador, Kiara Cardoso, CEO da DNA Soluções, e Renata Lima, ativista e CEO da Queen Co. “São Paulo foi pioneiro ao colocar a Cannabis medicinal no SUS e pode agora introduzir o cânhamo industrial na matriz agrobrasileira”, diz o deputado Caio França (PSB), autor da Lei 17.618/23, que incluiu o canabidiol (CBD) na rede de saúde pública. Vale lembrar que na esfera federal, o plantio e comércio do cânhamo com finalidade industrial e medicinal está contemplado no PL 399/2015, de autoria do deputado Fábio Metidieri (PSD-SE), mas está parado na Câmara desde 2020.
Para marcar a volta das audiências, ao meio-dia será aberta a mostra “O potencial econômico e sustentável do cânhamo no Brasil, no espaço Heróis de 32. Inédita em São Paulo, a exposição ajuda a ilustrar as possibilidades desse mercado que pode, segundo especialistas, gerar R$ 5 bilhões em vendas de insumos e 300 mil empregos diretos, além de arrecadar R$ 330 milhões de impostos. A mostra fica na Alesp até 05 de abril.
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