A morte de um homem no México infectado com o vírus H5N2 da gripe aviária ocorreu por causas multifatoriais, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde) na última sexta-feira (7). O paciente morreu no dia 24 de abril na Cidade do México.
Na quarta-feira (5), a OMS anunciou que foi detectado o primeiro caso de infecção humana por essa cepa da gripe.
“Foi uma morte ocasionada por um conjunto de fatores, não atribuída ao vírus H5N2”, declarou Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, em uma coletiva de imprensa nesta sexta em Genebra.
O paciente ficou acamado por três semanas e depois foi ao hospital devido a complicações respiratórias, disse Lindmeier.
A OMS informou, com base em informações das autoridades sanitárias mexicanas, que o paciente começou a apresentar sintomas agudos, incluindo febre, problemas respiratórios, diarreia, náuseas e mal-estar, no dia 17 de abril e que morreu no dia 24 do mesmo mês.
Os médicos realizaram vários testes e detectaram que o paciente estava infectado com o vírus H5N2, segundo o porta-voz da entidade.
As autoridades de saúde do México detalharam na última quinta (6) que a causa da morte do paciente estava sob investigação, mas destacaram que o homem de 59 anos, que era diabético, apresentou insuficiência renal e, após algumas horas, insuficiência respiratória.
O secretário da Saúde, Jorge Alcocer, questionou um comunicado da OMS naquela quarta (5) que afirmava que era a primeira infecção registrada em humanos e também a primeira morte.
“O comunicado que a OMS fez é muito ruim. Desde o início, fala de um caso fatal, o que não procede. Ele morreu por outra causa”, disse o ministro.
Foram identificadas 17 pessoas que tiveram contato com o paciente no hospital e todas testaram negativo. Os 12 familiares que também estiveram próximos do homem falecido também foram acompanhados e nenhum apresentou resultado positivo.
“A infecção pelo H5N2 está sendo investigada para determinar se ele foi infectado por alguém que o visitou ou por contato prévio com um animal”, disse Lindmeier.
A OMS informou na última quarta-feira que a origem da infecção é desconhecida, mas em março foi detectado um surto de gripe H5N2 em uma granja em Michoacán, na fronteira com o estado do México.
Também foram confirmados outros casos em aves, nos municípios de Texcoco, em março, e Temascalapa, em abril.
A organização informou hoje que uma menina de dois anos testou positivo para H5N1, uma cepa diferente de gripe aviária, e que necessitava de cuidados intensivos na Austrália antes de retornar para a Índia.
Segundo a agência, o risco para a população geral é baixo.