UBS recomenda que investidores “aguentem o tranco” da eleição nos Estados Unidos

UBS recomenda que investidores


A disputa entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump segue acirrada a 14 dias para as eleições americanas. Isso faz com que muitos investidores considerem ficar de fora do mercado dos Estados Unidos, aguardando os resultados. Para o UBS Wealth Management, isso é um equívoco.

A equipe da área de gestão de fortunas do banco suíço, que conta com cerca de US$ 3 trilhões em ativos sob gestão, avalia que os fundamentos do mercado americano permanecem robustos, não justificando uma venda de ativos.

“Achamos que é pouco provável que a volatilidade potencial inviabilize os fundamentos positivos do mercado de ações e lembramos aos investidores de não fazerem mudanças drásticas no portfólio com base nas projeções dos resultados eleitorais”, diz trecho do relatório.

Segundo o UBS WM, as eleições estão ocorrendo no momento em que a economia americana apresenta boas perspectivas de crescimento e as companhias registram bons resultados.

No lado corporativo, das cerca de 15% das empresas que compõem o S&P 500 e divulgaram os resultados no terceiro trimestre até o momento, 80% superaram as estimativas de lucro e mais de 60% apresentaram receitas acima do esperado.

E, apesar dos receios de muitos analistas, o UBS WM entende que a demanda por produtos e pelo tema de inteligência artificial (IA) segue sustentável. A tecnologia é considerada uma das principais responsáveis pelo rally dos mercados neste ano – na sexta-feira, 18 de junho, o S&P 500 bateu recorde de fechamento pela 47ª vez neste ano, subindo por seis semanas consecutivas.

A economia americana, por sua vez, aponta por um soft landing das atividades, em meio à estabilidade do consumo das famílias. Em meio a isso, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) está cortando os juros, fazendo com que o UBS WM projete um crescimento de 11% dos resultados das companhias do S&P 500 neste ano e de 8% no próximo.

Para o braço de gestão de fortunas do UBS, as consequências das políticas econômicas do vencedor das eleições sobre o mercado de equities ainda não está certo, pois é preciso considerar o que vem e o contexto político para sua implementação.

Os estrategistas do UBS WM destacam ainda que os resultados da eleição podem demorar a sair. Segundo eles, a perspectiva de pedidos de recontagem e ações legais significam que o vencedor pode não ser anunciado antes de 11 de dezembro, quando os estados precisam declarar em qual candidato seus delegados irão votar.

“Investidores que estão adiando planos de investimento em antecipação ao resultado da eleição precisam levar em consideração o risco potencial e o custo de uma situação potencialmente longa espera”, diz trecho do relatório.



Fonte: NeoFeed

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