A H&M registrou um aumento de 40% nos lucros do terceiro trimestre, sinalizando que os esforços da varejista sueca de fast fashion para recuperar vantagem sobre concorrentes estão dando resultado, o que fez suas ações subirem até 11%.
As vendas líquidas em moedas locais cresceram 2% nos três meses até o fim de agosto, totalizando 57 bilhões de coroas suecas (R$ 32,15 bilhões), enquanto o lucro operacional saltou para 4,9 bilhões de coroas (R$ 2,76 bilhões). A receita acumulada em nove meses também subiu 2%.
Os resultados superaram as expectativas dos analistas, e a empresa atribuiu o desempenho a uma “melhoria na oferta ao cliente, uma margem bruta mais forte e um bom controle de custos”.
Nos últimos anos, a H&M vinha enfrentando dificuldades diante da forte concorrência da Inditex, dona da Zara, além de novatas como a chinesa Shein e a Temu. Como resposta, adotou medidas como o fechamento de lojas com baixo desempenho e o fortalecimento das vendas online.
A companhia, que opera 3.680 lojas da marca H&M em todo o mundo, além de outras como COS e & Other Stories, aumentou sua margem operacional para 8,6%, contra 5,9% no ano anterior.
“O aumento do lucro mostra que estamos no caminho certo como resultado do progresso obtido em nosso plano”, disse em comunicado o CEO Daniel Ervér.
Ervér —que assumiu o comando no início de 2024 após a saída repentina da então CEO Helena Helmersson— disse ao Financial Times há um ano que, a partir de 2024, o grupo tinha como meta alcançar uma margem de lucro operacional de 10%. A margem havia caído de mais de 20% em 2010 para apenas 3,2% em 2022.
Analistas do Citi destacaram fortes resultados na Europa Oriental e Ocidental, enquanto o desempenho no sul da Europa e na Ásia foi mais fraco em relação a trimestres anteriores. Eles também afirmaram esperar uma reação positiva das ações da H&M diante dos números.
O ganho das ações na abertura do pregão desta quinta-feira (25) elevou a valorização acumulada do grupo neste ano para mais de 14%, embora o papel ainda esteja 6% abaixo do registrado um ano atrás.
O grupo afirmou que suas coleções de outono foram “bem recebidas” e espera que as vendas de setembro fiquem amplamente em linha com as do ano passado, “à luz da base comparativa elevada”.
A empresa acrescentou que melhorias nas cadeias de suprimento também levaram a estoques mais enxutos.
“Com uma maior participação de compras de produtos na temporada atual, e uma cadeia de suprimentos mais eficiente e flexível, há oportunidades para melhorar novamente a posição dos estoques no quarto trimestre em relação ao ano anterior”, disse a companhia.
A H&M informou ainda que fechou 26 lojas com baixo desempenho no terceiro trimestre e 97 ao longo de nove meses, e que agora gera mais de 30% de suas vendas no comércio online.










