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Trump autoriza envio de tropas para Portland em nova ofensiva contra imigração


Presidente dos Estados Unidos amplia uso das Forças Armadas em território nacional e promete ‘força total’ diante de críticas de líderes locais

Kent Nishimura/Pool/EFE/EPA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a neta Kai Trump, filha de Donald Trump Jr., no gramado sul da Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou neste sábado (27) o envio de tropas para Portland, no noroeste do país. A medida faz parte do polêmico uso das Forças Armadas em território nacional para reforçar sua ofensiva contra a imigração ilegal. No início de setembro, Trump já havia ameaçado enviar a Guarda Nacional para a cidade, a maior do estado do Oregon. O republicano já mobilizou militares em Los Angeles e Washington em situações anteriores.

Em mensagem publicada na rede Truth Social, Trump afirmou: “A pedido da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, instruo o secretário da Guerra, Pete Hegseth, a disponibilizar todas as tropas necessárias para proteger Portland, devastada pela guerra, e as instalações do ICE [Serviço de Imigração e Controle de Alfândega] atacadas pela Antifa e outros terroristas nacionais.”

O presidente acrescentou que autorizou o uso de “força total”, sem detalhar o que isso significaria. Nem o prefeito Keith Wilson nem a governadora Tina Kotek, ambos do Partido Democrata, comentaram a decisão neste sábado. Um dia antes, porém, Wilson havia criticado a presença de agentes federais em escritórios de imigração na cidade: “Não pedimos que viessem. Estão aqui sem precedentes nem razão”, disse, classificando o envio de militares como “espetáculo” e “distração”.

Desde o retorno à Casa Branca, em janeiro, Trump tem colocado o combate à imigração ilegal como prioridade, descrevendo a situação como uma “invasão” de “criminosos estrangeiros”. O ICE é um dos principais instrumentos dessa política.

Cidades-santuário

Portland é considerada uma “cidade-santuário”, termo usado para localidades que não colaboram com autoridades federais de imigração. Esse tipo de postura tem gerado atritos entre governos locais democratas e a Casa Branca. Nos últimos meses, o Departamento de Justiça abriu processos contra os estados de Illinois, Nova York e Colorado, além das cidades de Los Angeles e Chicago.

Também houve episódios de violência. Na semana passada, um homem atacou uma instalação do ICE em Dallas, deixando um detento morto e dois feridos. Foi o terceiro ataque em menos de três meses no Texas, estado que faz fronteira com o México. Portland, em especial, tem sido palco frequente de manifestações contra a repressão à imigração ilegal. Durante o primeiro mandato de Trump (2017–2021), a cidade concentrou protestos intensos, principalmente após o assassinato de George Floyd, em 2020.

Conflito político

Na segunda-feira (22), Trump assinou um decreto classificando o movimento Antifa — formado por grupos antifascistas — como organização terrorista. A medida foi adotada dias depois do assassinato do ativista ultraconservador Charlie Kirk, em 10 de setembro. Embora a motivação do crime ainda não tenha sido esclarecida, aliados de Trump culparam a esquerda pelo que chamam de “terrorismo interno”.

Críticos alertam que a decisão pode abrir brecha para criminalizar protestos e reprimir opositores em nome da segurança nacional. “Estamos presenciando uma insurreição terrorista nacional contra o governo federal”, escreveu o assessor de Trump, Stephen Miller, na rede X, prometendo “usar todos os recursos necessários”.

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Escalada militar

A nova decisão de Trump reforça uma estratégia de militarização de cidades americanas. Duas semanas atrás, ele autorizou o envio da Guarda Nacional a Memphis (Tennessee), alegando aumento da criminalidade. Em junho, tropas foram mobilizadas em Los Angeles, e em agosto, em Washington. Trump também já ameaçou enviar militares federais para Chicago, Nova York e Baltimore.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira





Fonte: Jovem Pan

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