A BlackRock, a maior gestora do mundo, reforçou ainda mais esse status ao atingir um recorde histórico de US$ 11,5 trilhões de ativos sob gestão no terceiro trimestre de 2024. O montante representa uma alta de 26% na comparação anual, impulsionada por uma recuperação nos mercados e um fluxo também recorde de novos investimentos.
Para se ter uma dimensão desse novo feito da gestora americana comandada por Larry Fink, a nova marca de ativos sob sua gestão equivale a mais de 127 vezes o valor de mercado da Petrobras.
De acordo com o balanço divulgado pela companhia nesta sexta-feira, 11 de outubro, os ativos foram movidos por US$ 160 bilhões em fluxos de longo prazo e mais US$ 61 bilhões em produtos de gestão de caixa.
Grande parte do novo capital dos investidores foi direcionada aos ETFs e fundos de índice, que são os preferidos da BlackRock. Apesar de apostar em seu carro-chefe, a empresa também está expandindo sua atuação em ativos alternativos, que resultam em taxas mais altas.
“Nossa estratégia é ambiciosa e está funcionando”, afirmou Fink, o CEO da BlackRock, no documento. “Estamos aproveitando nossa tecnologia, escala e presença global para gerar crescimento lucrativo.”
No trimestre, as receitas da companhia cresceram 15%, totalizando US$ 5,2 bilhões. Os analistas de Wall Street previam uma receita de US$ 5 bilhões.
Em outro indicador, a gestora atingiu um resultado líquido de US$ 1,63 bilhão, alta de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi impulsionado por uma melhoria nas margens da empresa.
Nos três meses encerrados em setembro, as ações da BlackRock avançaram 17,6%, enquanto o S&P 500 subiu 5,5%. No ano, as ações da gestora têm uma valorização de 20% e se aproximam do recorde de US$ 971 registrado em novembro de 2021.
Para o próximo trimestre, as expectativas são ainda maiores, já que a aquisição da Global Infrastructure Partners, por US$ 12,5 bilhões, foi concluída após o fim do terceiro período. Além disso, a companhia parece estar de olho em mais uma aquisição, desta vez, da HPS, gestora de crédito privado que deixou o guarda-chuva do J.P. Morgan recentemente, de acordo com o Financial Times.
Fink, CEO da gestora, se mostrou animado com o futuro. “As oportunidades à nossa frente nunca foram maiores, e estamos ansiosos para impulsionar o crescimento para nossos clientes, acionistas e colaboradores nos próximos anos.”
No Brasil, as iniciativas também visam esse crescimento. A BlackRock acaba de lançar uma parceria com a seguradora Mio Vinci Partners, a unidade de previdência da Vinci, para disponibilizar ao mercado dois fundos que replicam o iShares Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11), o ETF desenvolvido pela gestora.
Um dos fundos de previdência privada tem 70% de exposição à bolsa brasileira e o restante alocado em títulos de renda fixa, sendo voltado para o investidor em geral. Já o outro segue 100% o BOVA 11 e visa o investidor qualificado, seguindo as normas do mercado brasileiro.