O Hospital das Clínicas de Itajubá, em Minas Gerais, recruta pacientes com endometriose para participar do Estudo Glade, realizado pela Science Valley Research Institute.
A doença, que atinge uma em cada dez mulheres no Brasil, é dolorosa e acontece quando o tecido que normalmente reveste o útero cresce na parte externa de outros órgãos da cavidade pélvica.
De acordo com estudos, estima-se que 15% das mulheres em idade reprodutiva (entre 15 e 49 anos) sofram com endometriose, ou seja, 6,5 milhões de mulheres, que sofrem com dores, desconfortos, problemas no ciclo menstrual e outras condições que afetam a saúde e qualidade de vida.
A pesquisa investiga o uso e implante hormonal como alternativa de tratamento para pacientes que já fizeram cirurgia para endometriose e continuam com dor. A pesquisa pretende ajudar as mulheres com essa condição e conta com a inserção de um DIU hormonal e de um pequeno implante absorvível, com tamanho de cerca de 5 mm.
Depois de seis meses, o implante desaparece no organismo e, ao longo do tempo, libera o hormônio gestrinona, que é responsável por inibir o efeito do estrogênio sobre as células endometriais, impede o avanço da doença e controla o crescimento de focos da endometriose e os sintomas que eles causam.
O hospital mineiro é um dos oito do Brasil que realizam este estudo.
O recrutamento acontece até o fim de julho e o objetivo é tratar de 100 mulheres durante 6 meses para aferir os resultados em novembro deste ano. Pessoas interessadas em saber se sua cidade dispõe da pesquisa podem acessar o site da Science Valley.