O Hospital Sírio-Libanês inaugura, nesta quarta-feira (3), um espaço de apoio ao paciente no terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. O hospital também anuncia uma nova unidade no Morumbi, em São Paulo, a partir de janeiro de 2025.
O espaço no aeroporto, que funcionará das 6h às 23h, auxiliará os pacientes no agendamento de consultas, no apoio à internação e alta hospitalar, na coordenação de traslados médicos internacionais, em processos de transferências bancárias, na emissão de documentos para reembolso e na gestão de casos médicos junto à Governança Clínica da instituição. No espaço, os visitantes poderão receber atendimento também em inglês e espanhol.
Já a nova unidade Morumbi ficará na Avenida Roque Petroni Júnior e, inicialmente, funcionará das 7h às 19h. O hospital terá serviços de oncologia, consultórios e núcleos de especialidades médicas, serviços de laboratório de análise clínica e diagnóstico por imagem, centro cirúrgico, pronto atendimento e serviços de exames cardiológicos.
A previsão é que o prédio de nove andares tenha oito leitos de serviço de internação parcial, quatro salas cirúrgicas, oito boxes de quimioterapia e consultórios. Em São Paulo, além da nova unidade e das localizadas na Bela Vista, Jardins e Itaim Bibi, ainda existem ambulatórios para atendimento do programa de Saúde Populacional na zona sul, zona leste e zona oeste.
A nova unidade faz parte do plano de expansão que tem no planejamento a abertura de entre 10 e 15 novas clínicas de especialidade nos próximos seis anos. Além da expansão física, a sociedade quer fomentar um sistema de saúde integrado, por meio do desenvolvimento de uma plataforma analítica de dados interoperáveis entre seus sistemas de gestão.
Como mostrou reportagem da Folha, o Sírio-Libanês junto com o Hospital Israelita Albert Einstein são os que mais têm leitos públicos para atendimento via SUS (Sistema Único de Saúde).
Em cinco anos, a participação de recursos do SUS nos caixas de hospitais privados sem fins lucrativos quase triplicou. Passou de 4,65% em 2018, para 12,77% em 2023. No ano passado, essa receita foi de R$ 6,87 bilhões.
Os dados obtidos pela Folha são do Observatório Anahp, associação que reúne hospitais de ponta do país. O Albert Einstein e o Sírio-Libanês, por exemplo, já administram mais leitos públicos do que privados por meio de parcerias com prefeituras, o governo paulista e o Ministério da Saúde.
O Sírio-Libanês administra dez unidades públicas, sendo quatro hospitais com 668 leitos públicos, por meio do seu instituto de responsabilidade social, reconhecido como uma OSS (organizações sociais de saúde). Os contratos somaram R$ 335,6 milhões em 2022. O hospital tem 544 leitos privados, com receitas operacionais de R$ 2,87 bilhões no ano passado.