Na MAG, fundo Cash, de Sérgio Machado, triplica patrimônio e chega a R$ 1,3 bilhão


Quando deixou a gestora NCH Capital em direção à MAG Investimentos, em meados do ano passado, Sérgio Machado levou a franquia de fundos de renda fixa Cash para a nova casa, que pertence à seguradora Mongeral Aegon e tem mais de R$ 16 bilhões sob gestão

Os fundos, que investem em LFTs (Letra Financeira do Tesouro Nacional) e LFs (letras financeiras) dos seis maiores bancos do País, além de fazer operações a termo, chegaram à MAG Investimentos com R$ 400 milhões de patrimônio líquido. Menos de um ano depois, Machado mais do que triplicou esse valor e atingiu R$ 1,3 bilhão.

“A opção de mudar para um parceiro maior, com mais musculatura, dá mais visibilidade e alcançou outro tipo de cliente”, afirma Machado, ao Café com Investidor, programa do NeoFeed que entrevista os principais investidores do Brasil e que tem apoio da JHSF.

A visibilidade que Machado se refere são as plataformas que distribuem fundos como o Cash. O outro tipo de cliente são fundos de pensão, investidores institucionais que têm bolsos fundos.

Antes de mudar para a MAG, Machado tinha apenas 10% do patrimônio líquido dos fundos Cash nas mãos de investidores institucionais. Hoje, essa fatia está em 25%.

Além disso, na nova casa, o número de plataformas que distribuem o fundo também aumentou – a XP, por exemplo, foi uma que colocou o produto em sua pratileira.

O Cash é um fundo de renda fixa que marcou uma virada na trajetória de Machado, um profissional com mais de 40 anos de história e com passagens por diversos bancos, como o Fator e o Bandeirantes – ele gosta de dizer que operava na época em que o mato era realmente alto no mercado financeiro brasileiro.

Nesse período, Machado era um profissional conhecido por investimentos de alto risco e alta volatilidade. O Cash é o contrário disso. O desafio foi conseguir uma rentabilidade que superasse o CDI, o principal benchmark do mercado financeiro brasileiro.

Desde o início, em 2015, o Cash tem uma rentabilidade de 108,8% do CDI – apenas uma vez ficou abaixo de 95% do CDI. “Nunca tivemos uma cota negativa e passamos por várias crises, como o impeachment da Dilma e a Covid”, diz Machado.

Muitos irão dizer que é fácil operar fundos dessa forma, com baixo risco e em um país com uma taxa de juros que historicamente é alta. Mas Machado gosta de lembrar que as melhores rentabilidades do Cash aconteceram na época da Covid, em que o Banco Central levou o juro brasileiro para 2%

O “tempero secreto” de Machado é combinação de LFTs e LFs de grandes bancos com operações a termo, que emprestam dinheiro para quem quer comprar ações. Essas operações são garantidas pela B3 e têm baixo risco. “O segredo é fazer um nivelamento dependendo da época”, diz. “Quando você tem mais volatilidade, você precisa ter mais operações a termo.”

Neste episódio, que você assiste no vídeo acima, Machado conta em detalhes como opera, fala por que o Brasil é o paraíso da renda fixa (spoiler: ele acha que não vai mudar tão cedo) e comenta sobre o cenário macroeconômico brasileiro.





Fonte: NeoFeed

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