Países europeus registram aumento de casos de coqueluche – 09/05/2024 – Equilíbrio e Saúde


Países europeus relataram um aumento nos casos de coqueluche em 2023 e no primeiro trimestre de 2024, com dez vezes mais casos identificados do que nos dois anos anteriores.

No total, quase 60 mil casos foram relatados por países da União Europeia e da Área Econômica Europeia durante o período, disse o ECDC (Centro Europeu de Controle de Doenças, na sigla em inglês) na última quarta-feira (8), com 11 mortes em bebês e oito em adultos mais velhos.

A coqueluche, ou tosse comprida, é uma infecção bacteriana dos pulmões e vias aéreas, e é endêmica na Europa. Pode ser muito perigosa para bebês pequenos ou pessoas mais velhas.

Epidemias maiores de coqueluche são esperadas a cada três ou cinco anos, mesmo em países com altas taxas de vacinação, disse o ECDC, embora uma leve queda na imunização durante a pandemia de COVID-19 possa ter sido um fator no aumento. A circulação da coqueluche também foi muito baixa durante a pandemia e suas restrições relacionadas ao movimento, o que fez o aumento parecer maior.

Os números ainda estão historicamente altos, no entanto. Nos primeiros três meses de 2024, já houve tantos casos quanto em um ano médio entre 2012 e 2019.

A agência observou que grande parte da população perdeu o reforço natural de sua imunidade à coqueluche porque não foi exposta a ela durante a pandemia.

Bebês com menos de seis meses estão em particular risco de infecção.

“É essencial lembrar das vidas em risco, especialmente as dos pequeninos. As vacinas contra a coqueluche têm se mostrado seguras e eficazes”, disse a Diretora do ECDC, Andrea Ammon.

A maioria dos países europeus rotineiramente imuniza crianças contra a coqueluche e muitos também vacinam mulheres grávidas para proteger seus bebês. O ECDC disse que alguns países podem considerar a possibilidade de dar reforços para crianças mais velhas e adultos também, já que a imunidade pode diminuir.



Fonte: Folha de São Paulo

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