Tanto a crise dos planos de saúde quanto a insatisfação dos usuários com as operadoras voltaram ao noticiário. Na terça (4), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu o teto do reajuste para os planos individuais, e no Congresso parlamentares voltaram a debater a onda de rescisões unilaterais de planos coletivos por adesão.
O reajuste, no valor máximo de 6,91%, poderá impactar quase 9 milhões de pessoas, 17% do total do mercado de saúde suplementar —a maioria dos mais de 50 milhões de contratos é de planos coletivos. O preço das mensalidades é um dos principais motivos de queixas feitas por beneficiários à ANS.
Nos últimos meses, porém, têm crescido as reclamações pelo cancelamento unilateral dos planos: 99% de aumento no primeiro trimestre deste ano. A alta motivou um acordo verbal costurado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para sustar rescisões até a análise da nova lei do setor —advogados questionam a validade legal do acerto. O governo Lula também tenta pressionar as operadoras.
No episódio desta quinta-feira (6) do Café da Manhã, a repórter da Folha Cláudia Collucci explica o crescimento das rescisões unilaterais de planos de saúde, analisa o acordo que prometeu frear essa onda e discute os rumos do mercado de saúde suplementar.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.