Duas reportagens da Folha foram premiadas nesta quinta-feira (29) no 1º Prêmio InCor de Jornalismo, voltado para reportagens sobre tecnologia na área da saúde, na categoria Texto. O prêmio é realizado pelo InCor (Instituto do Coração), ligado ao Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
O texto premiado em 1º lugar foi “Sistema permite identificar crises epilépticas em recém-nascidos”, de autoria de Stefhanie Piovezan. A indicação classificou o trabalho como inovador e profundo.
O acompanhamento de crises epilépticas em bebês desta idade é fundamental para detectar casos imperceptíveis a olho nu e agir rapidamente.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a falta de oxigenação antes, durante ou após o parto é a terceira principal causa de morte neonatal, representando 23% dos óbitos de recém-nascidos, e figura entre os principais motivos de lesões cerebrais permanentes. No Brasil, a estimativa é de 20 mil casos de asfixia perinatal por ano.
Já o 2º lugar ficou com a editora-assistente de Saúde, Ana Bottallo, pela sua reportagem “Pacientes relatam esperança após remissão de câncer com terapia Car-T”. Para a comissão julgadora do InCor, a jornalista se destacou pela sua habilidade em conduzir o tema científico e complexo com texto acessível e esclarecedor.
A tecnologia Car-T utiliza células do sistema imune (conhecidas como linfócitos T) extraídas do paciente e geneticamente modificadas para reconhecer e atacar as células tumorais. O tratamento tem sido bem sucedido paa alguns tipos de câncer do sistema sanguíneo, linfomas e leucemias.
No Brasil, a técnica tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2021 para o chamado uso compassivo, quando a prática é adotada caso não exista outra abordagem possível. Nestes casos, são utilizadas terapias ainda em fase de estudo para tentar salvar a vida do paciente.
Na mesma premiação, os jornalistas Lúcia Helena, do Viva Bem (UOL) e Leon Ferrari, do Estado de S. Paulo, venceram na categoria Online em primeiro e segundo lugar, respectivamente. A jornalista Chloé Pinheiro, do podcast Ciência Suja, venceu na categoria Áudio, e Bruna Drago Uehara, da TV Globo, foi a vencedora na categoria TV.
A premiação, em sua primeira edição, avaliou as melhores reportagens veiculadas em diferentes canais da imprensa e plataformas que estejam sediadas no estado de São Paulo.