VSR é principal causa de óbito dos mais jovens por Srag – 25/07/2024 – Equilíbrio e Saúde


O vírus sazonal VSR (vírus sincicial respiratório) é a principal causa de internações e óbitos em crianças pequenas, apesar de queda nas últimas semanas, segundo boletim InfoGripe, da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (25).

De acordo com os dados do relatório, apesar de observada interrupção do crescimento de hospitalizações de VSR e influenza A em alguns estados do Centro-Sul do país, a influenza segue em alta para os idosos e rinovírus nos mais novos. Estados do Norte também registraram aumento de casos de VSR e rinovírus em crianças de até dois anos.

Casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) registram indícios de queda a curto e longo prazo em todo o país. Para o levantamento, foram utilizados dados inseridos no SivepGripe até dia 20 de julho.

No Amazonas e em alguns estados do Nordeste, como Alagoas e Pernambuco, a circulação do vírus da Covid também teve aumento entre idosos nas últimas semanas, mas num nível abaixo se comparado ao histórico de circulação. A doença é a principal causa de internações dos mais velhos nessas regiões.

Nas últimas oito semanas, a mortalidade por Srag de crianças e idosos foi semelhante, sendo Covid e influenza A destacado entre os mais velhos, e entre aqueles de 5 a 64 anos, com a influenza A sendo a principal causa de óbitos.

Já nas últimas quatro semanas, o VSR segue sendo o principal vírus respiratório em circulação nas últimas quatro semanas epidemiológicas com 36,8% de incidência, seguido por 21% para influenza A, 10% para Covid-19 e 1% para influenza B.

O vírus sincicial, assim como demais infecções respiratórias, apresenta aumento característico em estações como outono e inverno. Nas crianças, o VSR costuma atingir aqueles menores de dois anos e é um dos principais responsáveis por bronquiolites e pneumonias nessa faixa etária, segundo especialistas.

Influenza A e Covid, no entanto, são as principais causas de óbitos em decorrência de síndrome respiratória, com 41% e 27,4%, respectivamente, de incidência, seguido por VSR, com 15% e influenza B com 1,7%.

Ao todo, no acumulado de 2024, foram notificados 49.178 casos positivos de síndrome respiratória, sendo 44,8% de VSR, 19,2% de influenza A e 18,5% de Covid-19 e 0,4% de influenza B.

Quatro unidades federativas apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Acre, Bahia, Minas Gerais e Roraima. Entre as capitais, cinco têm indícios de crescimento nos casos de SRAG: Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e São Luís (MA).



Fonte: Folha de São Paulo

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