Ansiedade: Como identificar e diminuir sintomas – 17/08/2024 – Equilíbrio


Cresce a procura na internet por formas de como identificar e diminuir os sintomas de ansiedade. Não à toa, o Brasil é o segundo país do mundo que mais busca por ansiedade no Google Trends, atrás apenas da Ucrânia. Segundo dados da plataforma, somos o país com maior interesse de busca pelo tema nos últimos 12 meses.

Ao pesquisar por ansiedade no Trends, as principais pesquisas em ascensão feitas pelos brasileiros nos últimos cinco anos são, nesta ordem: teste de ansiedade e depressão, como diminuir a ansiedade rapidamente, remédio para ansiedade e irritabilidade, e crise de ansiedade sintomas físicos.

O interesse por transtorno de ansiedade generalizada no Trends também cresceu e teve um aumento de 32% nas buscas em 2023 em comparação com 2022.

A psiquiatra Danielle Admoni define a ansiedade como “o medo do medo”. Para ela, esse sentimento pode ser benéfico, pois nos mantém em alerta. “Por exemplo, se eu tenho uma prova e não fico ansiosa, eu não vou estudar. Então a ansiedade nos ajuda a nos organizar”, afirma Admoni.

O filme “Divertida Mente 2” trouxe essa questão às telas de cinema. No longa, a personagem Ansiedade é uma das novas emoções, e seu papel é ajudar a adolescente Riley a prever e evitar situações que podem ser prejudicais ao seu futuro.

No entanto, assim como no filme, quando a ansiedade toma o controle de todas as emoções, tudo se agrava e leva a consequências como sofrimento antecipatório e até problemas para dormir.

Como saber se tenho ansiedade?

Para a psicóloga Rita Passos, presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), a ansiedade faz parte da nossa vida, especialmente porque vivemos em um ritmo muito acelerado e sob constantes exigências de desempenho, seja no trabalho ou na vida pessoal. Essa pressão contínua gera um estado de alerta constante.

“Se isso persiste, se não é um evento pontual, mas algo que dura semanas ou meses, é hora de prestar atenção. Se está saindo do se controle, afetando sua qualidade de vida e impactando seus relacionamentos, é preciso buscar ajuda”, diz Passos.

Outro sinal é quando a pessoa sofre de maneira desproporcional em determinadas situações, a ponto de não conseguir relaxar sem realizar a tarefa que a está incomodando. “É uma cobrança muito grande, um perfeccionismo excessivo”, explica Admoni.

Além disso, há sintomas físicos como dor de cabeça, dor de barriga, taquicardia, palpitações, falta de ar e sudorese.

Como diminuir a ansiedade?

No podcast Modo de Viver, a repórter Bárbara Blum, apresentadora e produtora da série, conversou com especialistas, ouviu histórias de pessoas que sofrem com o transtorno e reuniu experiências práticas de iniciativas sobre como lidar com a ansiedade.

Segundo Passos, a prática de atividade física, especialmente exercícios aeróbicos, como caminhar, correr ou nadar, libera endorfina, que atua como um analgésico natural para o corpo.

Para aprender estratégias de como controlar a ansiedade. “Dependendo do grau de ansiedade, o tratamento medicamentoso pode ser necessário para melhorar a eficácia da psicoterapia e das mudanças no estilo de vida”, afirma Passos.

A meditação também pode ser útil, mas há uma ressalva. “Imagine uma pessoa que é superacelerada. Se você mandar essa pessoa parar de pensar por dez minutos, ela enlouquece. Meditação e mindfulness são ótimos, mas para quadros de ansiedade muito intensos, até contraindicamos, porque a pessoa não vai conseguir lidar com isso”, diz Admoni.



Fonte: Folha de São Paulo

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